Tranquei minha alma num porão
em forma de sonhos
músicas, ideologias e poesias
minhas ou não.
E andei muito tempo crua,
sem sombra
pois nada projetava
muito menos iluminava
Mas ao reabrir
tal porão percebi
que minha alma
me contornava
a sombra era eu!
Como pude viver,
em vida latente,
tanto tempo neste estado
de coma consciente?
(Abril de 2004)