Sim, eu já tive outros textos meus publicados em papel.
Acho que a decepção com a frase-decreto da Nanete
foi porque o lançamento em bar na Augusta
com amigos me pedindo autógrafos
e também me deixando de lembrança um recado com assinatura,
com fotos e muito riso,
era muito mais bonito, mais interessante, mais debut
do que receber um exemplar pelo correio,
resultado de uma premiação em Minas que não pude ir
ou de cerimônia em São Paulo em que poderia ir
mas que só chamaram até o quarto colocado
(publicaram 15 escritos, o meu era o 10º)
Como amiga que me disse que perder a virgindade de pé numa parede,
como ela decidiu,
era nada romântico e menos digno do que estar numa cama.
E eu dizendo que não adianta estar na cama
e não se dar conta do que está acontecendo.
A gente esquece que a primeira vez não é importante.
A primeira vez só importa como porta aberta para as próximas vezes.