A exposição do MIS mostra o lado autogestor do criador da Legião Urbana.
O que me lembra uma autora que eu conheci na Patuscada.
Na festa de inauguração desta livraria, bar e café da editora Patuá.
Faz mais de um ano.
Ela divulgava seu livro e eu comentei que estava “saindo do armário” como escritora.
E ela disse (infelizmente esqueci seu nome, seu livro de poemas está em uma das minhas caixa de livros)
(Um dia eu conto porque a minha vida quase inteira está em caixas.)
Ela disse que tinha uma diferença entre ser escritora e se organizar como autora.
Que tinha escrito de modo esparso por vários anos, mas que agora,
aposentada como dentista, é que se tornou autora.
Falou da sensação de realização e alívio que é publicar o primeiro livro.
Falou da diferença que é ser mulher também nessa área.
E eu tonta, nunca tinha me dado conta disso,
sempre sentindo que falta algo por fazer,
entre tantas atividades sendo feitas,
sempre inserida na culpa
de não estar fazendo o suficiente.
Ela contou que a Alice Ruiz só começou a publicar mesmo
depois que os filhos cresceram,
porque apesar de ter escrito a vida toda,
tinha os filhos pequenos,
ajudava na organização dos livros do marido e tal,
Eu não fui atrás de confirmar essa informação,
mas me pareceu bem verossímil.
Fiquei com a lição: não adianta só escrever.
É necessário se organizar como autora.